terça-feira, 4 de junho de 2013

FLUXO DE CAIXA (CASH FLOW) - ORÇAMENTO DA EMPRESA

O Orçamento da Empresa é a compilação de todos os orçamentos, ou seja, refle a previsão das receitas, dos custos de fabricação, das despesas comerciais e impostos incidentes, das despesas administrativas, dos investimentos e financiamentos e do resultado.

Entre os diversos orçamentos, destaca-se o Orçamento de Caixa, conhecido como Fluxo de Caixa, Cash Flow em Inglês, que se baseia em informações contidas nos orçamentos setoriais, sintetizando o Orçamento da Empresa.




Extra-caixa são despesas que ocorrem, porém, não há pagamento, ou seja, não transitam pelo caixa da empresa, tais como: depreciação e provisões para férias e para o 13º salário etc., porém, devem ser demonstradas no Orçamento.

O Fluxo de Caixa é a programação mensal das entradas e saídas de caixa, permitindo prever as necessidades de aporte de recursos, seja através de aumento de capital ou de financiamento.

O Fluxo de Caixa é elaborado em uma única planilha, aqui apresentado separadamente para melhor entendimento. Iniciando, com o saldo dos recursos financeiros existentes no início do período, acrescido das receitas e deduzido das despesas previstas, o resultado é apresentado ao final, como saldo das disponibilidades ao final do período.

As receitas e despesas são alocadas no período em que estão previstos os pagamentos. Por exemplo, a compra a prazo para  30, 60 e 90 dias é considerada nos meses em que estão previstos os pagamentos. Por exemplo, em janeiro é computada apenas a parcela vencível no referido mês.

No modelo acima apresentado, consideramos as compras e vendas como sendo à vista, em decorrência de não haver elementos que permitam alocá-las em outros meses.

Iniciamos o mês de janeiro, com saldo anterior de disponibilidades igual a R$5.100,00, sendo R$100,00 em caixa e R$5.000,00 em bancos. Valores existentes em 31 de dezembro do ano anterior.

A receita prevista para janeiro é de R$257.740,00, relativa à venda de 1.176 unidades do produto A, ao preço de venda de R$219,17, conforme apurado na postagem "Valor do Preço de Venda".

O valor corresponde à soma de duas parcelas: R$77.322,00 de venda à vista, e R$180.418,00 de duplicatas, ou seja, venda faturada.

A seguir, na coluna referente ao mês de janeiro, são apresentadas despesas de fabricação que totaliza R$129.370,40, composta por diversas parcelas apresentadas nas postagens anteriores, a saber:

Matérias Primas no valor  R$117.600,00, correspondendo a 1.176 unidades, ao custo de R$100,00
por unidade, conforme demonstrado em "Preço de Venda -Cálculo do Custo de Produção";

Folha de Pagamento R$5.300,00, conforme apurado no "Custo de Mão-de-Obra Direta";

FGTS no valor de R$424,00, 8% sobre a Folha de Pagamento;

Previdência no valor de R$1.473,40, correspondendo a 27,8% sobre a Folha de Pagamento, percentual analisado no cálculo do "Custo da Mão-de-Obra Direta";

Terceiros no valor de R$2.715,00, correspondente a 272 unidades terceirizadas, conforme demonstrado na postagem "Cálculo do Preço de Venda - Custo de Produção".

Almoxarifado - salários R$1.000,00, valor apurado no demonstrativo da "Despesa Indireta de Fabricação", apresentada no "Custo de Produção";

FGTS e Previdência sobre os salários do Almoxarifado, com base nas alíquotas acima mencionadas;

Manutenção - R$500,00,  apresentada na demonstração da  Despesa Indireta de Fabricação apresentada no "Custo de Produção".

As Despesas Comerciais, totalizando R$20.619,20, são referentes aos seguintes custos:

Comissões no valor de R$12.887,00, correspondendo a 5% do valor das vendas:

Descontos concedidos no valor de R$7.732,20, correspondendo a 3% das vendas, em decorrência da promoção junto à clientela para compras acima de 100 unidades do produto A, atendendo à política de venda da empresa, tendo por objetivo manter as vendas no período, historicamente, de menor demanda.

Impostos sobre vendas, totalizando R$78.200,66, relativos aos impostos:

IPI = R$23.430,91, correspondendo a 10% das vendas, exclusive o imposto, isto é, a base de cálculo corresponde às vendas sem o imposto, assim demonstrado:

A base de cálculo do imposto é assim apurada:  o valor de venda (base 100%  mais IPI 10%)=110%, sabendo-se o valor das vendas, no caso, R$257.740,00, podemos apurar a base de cálculo do IPI aplicando a regra de três: (257.740/110X100)= 234.309.09.

Vamos conferir: 234.309,09X10%=23.430,90 (IPI);
A Base de cálculo mais o IPI:(234.309,09+23.430,90)=257.740,00 (valor das vendas), confirmando estar correto o critério de cálculo.

ICMS: R$30.928,80, 12% sobre o preço de venda, observado em nossos comentários em o "Valor do Preço de Venda", que sugerimos consultar;

PIS e COFINS: R$23.840,95, correspondendo a 7,65% do valor das vendas,  comentados na postagem "Valor do Preço de Venda".


As despesas financeiras são relativas às taxas bancárias, que correspondem a R$644,35.

As despesas Administrativas apresentam-se comentadas em  "Valor do Preço de Venda", com as diversas parcelas   que  totalizam R$6.800,00 .


Agora podemos calcular a previsão das disponibilidades financeiras ao final do mês, conforme se demonstra::

Saldo inicial das disponibilidades                                      R$   5.100,00
Mais:
Total das Entradas                                                           R$257.740,00

Menos:
Despesas de Fabricação                     R$129.370,40
Despesas Comerciais                          R$  20.619,20
Impostos sobre Vendas                      R$  78.200,66
Despesas Financeiras                          R$       644,36
Despesas Administrativas                    R$    6.800,00      R$235.634,62
Saldo Final das disponibilidades                                       R$  27.205,39


O Fluxo de Caixa é diferença de entre as entradas e as saídas: (257.740,00-235.634,62)=22.105,39.

Conforme retro esclarecido, há despesas que intitulamos de Extras Caixa, são aquelas que não transitam pelo caixa da empresa,  no caso,  as provisões.

As provisões, ora apresentadas,  foram apuradas   nas postagens: "Custo da Mão-de-Obra Direta" e "Custo de Fabricação", que devem ser consultadas para melhor entendimento.

Considerando o fluxo de caixa, entradas menos saídas, no caso, equivalentes a receita menos despesas, deduzido das despesas intituladas de Extra Caixa,  apuramos a previsão do resultado para o mês de janeiro: (22.105.39-1.778,05)=R$20.327,34, correspondendo a 7,9% das vendas.


Como se pode observar, há três colunas para cada mês: a primeira é a previsão; a segunda é o real, isto é, as receitas e despesas realmente ocorridas; e, a terceira é a variação percentual entre o real e o previsto. Deixamos de apresentar   a coluna  referente à  "variação" nos meses de fevereiro a junho por motivo de espaço na página.

Sempre que a receita for inferior à prevista ou a despesa superior à prevista deve ser analisada a causa, para tomada de providências necessárias ao ajuste da produtividade, conforme se demonstra na análise a seguir:

Da análise comparativa entre o resultado previsto para o mês de janeiro, correspondente a 7,9% das vendas, e o resultado no cálculo do "Valor do Preço de Venda", com percentual de 10% do preço de venda, constata-se diferença de 2,10%.

A origem da diferença é decorrente de dois fatores:
a) A concessão de desconto 3% sobre as vendas no mês de janeiro;
b) Diferença nos critérios usados para o cálculo do IPI:
    Na apuração do preço de venda aplicamos 10% sobre o valor de venda;
    No fluxo retro, IPI  incidiu sobre o valor de venda exclusive o IPI, conforme tributação do imposto.

O critério aplicado resulta em redução da despesa em 0,9% em relação ao apurado na postagem "Valor do Preço de Venda".

Nossa projeção, com base nos elementos já analisados, demonstra estar coerente a previsão.

Por outro lado, considerando que as empresas inscritas no SIMPLES não estão obrigadas a escrituração regular dos livros, o fluxo de caixa com previsão e valores reais das receitas e despesas é um instrumento indispensável para o controle da empresa, seja  de pequeno o grande porte.

O Fluxo de Caixa é a principal ferramenta para a boa administração de uma empresa, devendo ser elaborado com esmero, pois, além de projetar resultados, permite prever antecipadamente as dificuldades financeiras, por conseguinte tomada de decisões para resolver o problema. Por outro lado,  na forma acima exposta, funciona como instrumento de vigilância sobre todos os recebimentos e pagamentos efetuados, quando comparado o real com o previsto e realizada a devida análise dos desvios.

Nos meses seguintes as receitas e despesas são afetadas pelas seguintes decisões da administração da empresa:

Nos meses de fevereiro e março está prevista redução de 95% nas vendas, em comparação com o mês de janeiro. A previsão de redução nas vendas foi refletida na produção, diminuindo a produção terceirizada.

Também nos dois referidos meses, foi mantida a promoção de desconto de 3% para vendas acima de 100 unidades.

No mês de abril está prevista o retorno da produção aos níveis de janeiro, porém, mantendo-se o desconto de 3% para as vendas acima de 100 unidades.

A partir do dia 1º de maio, com as vendas já aquecidas, encerra-se a promoção do desconto de 3% para vendas acima 100 unidades.

Vamos verificar?

Tomando por exemplo, as matérias primas e a terceirização da produção nos meses de janeiro e fevereiro:

As matérias primas para a totalidade de produção 1176 unidades do produto A, calculada na postagem "Custo de Produção", ao valor unitário de R$100,00 corresponde a R$117.600,00. Em fevereiro está prevista redução para 95% da produção, logo, o custo de matérias primas diminui para (117.600,00X95%) =R$111.720,00.

A MOD - terceiros, que corresponde a 30% da produção com mão-de-obra própria,  ou seja, 905X30% = 271 unidades, ao custo unitário de R$10,00, totalizando R$2.710,00 em janeiro.

Em fevereiro com redução da produção para 95%, o número de unidades produzidas, corresponde a 1.176X95% = 1.117 unidades, deduzido a produção própria de 905 unidades, foram terceirizadas 212 unidades, ao preço unitário de R$10,00, corresponde a R$2.120,00.


A previsão do Fluxo de Caixa para o 1º semestre, com as parcelas de provisões (extra caixa), não é mais um  simples fluxo de caixa, pois prevê: vendas, custo de fabricação, custos comerciais, impostos, despesas financeiras, despesas administrativas e o resultado, logo é o próprio orçamento da empresa para o período, cujo resultado é um lucro de R$148.433,98, correspondendo a 9,76% das vendas.

Nada mal!

Boa sorte aos amigos leitores! Que organizem empresas e cresçam com segurança.

Até a próxima!


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Um comentário:

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